Justiça nega recurso e mantém prisão de Antonio Ais e Fabrícia Campos, líderes da Braiscompany

Em uma decisão relevante, o Superior Tribunal de Justiça (STJ) indeferiu o pedido de habeas corpus impetrado pela defesa de Antonio Inácio da Silva Neto e Fabrícia Campos, fundadores da Braiscompany. Ambos foram sentenciados a 150 anos de prisão por envolvimento em crimes no setor financeiro e atualmente encontram-se detidos na Argentina.
A argumentação da defesa centrou-se em dois pontos principais: a contestação da competência da Justiça Federal para o caso, sugerindo que os crimes seriam contra a economia popular e, portanto, de alçada da Justiça estadual; e a solicitação de revogação da prisão preventiva ou sua substituição por prisão domiciliar, sob a justificativa da existência de filhos menores de 12 anos.
Entretanto, o ministro Og Fernandes, relator do processo, ratificou a deliberação anterior do Tribunal Regional Federal da 5ª Região, que já havia negado o pedido. O magistrado enfatizou a presença de provas substanciais de crimes contra o sistema financeiro nacional, o que, segundo ele, legitima a atuação da Justiça Federal.
Antonio Ais e Fabrícia Campos, que fugiram para a Argentina e foram posteriormente capturados, aguardam o processo de extradição para o Brasil. Aqui, eles enfrentarão as acusações de liderar um dos maiores e mais notórios esquemas de pirâmide financeira baseados em criptoativos do país.
Redação
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